terça-feira, 1 de julho de 2008

Critica

The Man from Earth (2007) Richard Schenkman

O Homem do Debate


O escritor, cujos créditos configuram vários episódios de Star Trek e The Twillight Zone, Jerome Bixby, decide trazer-nos um filme cuja sua originalidade e ambição, embora de louvar, peca apenas por pormenores. The Man from Earth é um filme que na sua apreciação pode parecer simples, e de uma forma conceptual até acaba por sê-lo, mas a complexidade dos seus diálogos e absorção que causam no espectador, fazem com que o filme valha praticamente a pena só pelo guião. Não sem falhas, e falhas que prejudicam a ambição do filme, mas é sempre bom quando estamos perante algo que pode ser feito com muitos poucos meios, e em muito pouco tempo, e ainda ser capaz de trazer muito mais que algumas das mais caras produções. Quanto á história em si, não há muito a dizer sem estragar um bocado a surpresa inicial que o filme nos reserva, mas um grupo de amigos reúne-se com o personagem principal para se despedirem dele, e o filme mostra-nos essa reunião, onde eles acabam por conhecer uma faceta do seu amigo que desconheciam.
Richard Schenkman, o realizador, que não tem grandes créditos firmados no seu currículo, opta por uma abordagem que, e com todo o mérito, consegue em momentos vitais, cativar com pequenos movimentos de câmara sobre os seus personagens e sem grandes artifícios. Mas com um guião tão económico pedia-se uma visão das personagens que acrescentasse mais do que o guião oferece, uma vez que a grande falha deste é a caracterização das personagens optando por alguns clichés em virtude de uma dimensão tão inovadora quanto o enredo. Alguns dos actores acabam por disfarçar esta questão com uma caracterização que nos mostra algo mais em certas personagens, mas mesmo neste capitulo, a maioria deles, simplesmente não tem a categoria e classe para conseguir carregar o filme em direcção à intensidade e originalidade desejada. A excepção são John Billingsley que já vimos como guest em várias séries de TV recentes, e muito embora tenha sempre um registo muito igual, enquadra-se bem no filme pela curiosidade que emprega à conversa permitindo com que o resto dos personagens se mantenham imersos no diálogo de uma forma credível, e David Lee Smith, também com várias participações em TV embora mais discreto, tem aqui uma interpretação muito contida e diferente do que seria de esperar para a dimensão que “John Oldman” tem no filme.
Este é sem dúvida um filme bastante interessante, caso tratar-se de uma produção que não teria de ser necessariamente maior, mas simplesmente mais bem trabalhada e cuidada, estaríamos certamente perante algo de bastante original. Ainda assim fica um exercício em bons diálogos que chegam para nos deixar pregados ao sofá sem pausas durante esta conversa de hora e meia.

Melhor - Conseguir ser envolvente com uma história inverosímil.
Pior - Apesar de tudo em alguns aspectos não foge completamente a lugares comuns.

4 comentários:

Anónimo disse...

wala pulos imo blog.

Anónimo disse...

It could widen my imagination towards the things that you are posting.

Anónimo disse...

Sorry if I commented your blog, but you have a nice idea.

Lex disse...

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